Maritimo 1 - Celta de Vigo 1
O segundo teste do Marítimo em Melgaço ficou marcado por vários aspectos, uns mais positivos que outros, como foram a boa afluência de público, nomeadamente espanhois, assim como a melhoria defensiva dos vere-rubros em contraponto com as suas dificuldades no que respeita à transição defesa/ataque, sendo que tudo isto foi «fustigado» pelas sucessivas picardias entre jogadores, que nalguns casos se transformaram em lances mais violentos e em alguns «sururus»...
O Marítimo foi a equipa que entrou melhor no jogo, não só porque foi aquela que deu mostras de querer jogar futebol, o que acabo sendo premiado com a obtenção de um golo «madrugador», quando Pedro Moutinho concluiu com um excelente golpe de cabeça um pontapé de canto marcado do lado direito do ataque verde-rubro. Depois, porque o Celta acusou «mau perder» e porque o Marítimo começou a evidenciar alguma dificuldade na zona de construção e de transição ofensiva, o jogo entrou numa fase de muita luta na zona central do terreno, o que muitas vezes levou a lances de aparato fisico e de consequente nervosismo entre os participantes.
Com estes dados lançados o Celta de Vgo mostrou ser uma equipa mais talhada para este tipo de situação, ou seja soube lidar e gerir melhor a conflitualidade do jogo, tirando daí vantagem no sentido de chamar a si uma maior dose de jogo ofensivo. E nesta fase foi, desde logo, possível confirmar a qualidade superior do guardião maritimista Marcos, bem como a melhoria progressiva e a coesão que estão transformando o processo defensivo do Marítimo num trunfo que já dá garantias competitivas. De facto, defensivamente os verde-rubros já revelam uma estado de evolução e consistência apreciáveis no plano colectivo, bem como individualmente Fernando Cardozo, João Guilherme e seus pares apresentam já um nível seguro, ao que se junta Marcos que voltou neste jogo a evidenciar a qualidade que se lhe reconhece, defendendo inclusivamente um «penalty», aos 40m, apontado pelo «craque» galego, o argelino Ghilas (ex. V. Guimarães).
Após o intervalo as caracteristicas do jogo não se alteraram. Muita luta, muitos desentendimentos e futebol clarividente apenas a espaços. O Celta em posiçao de desvantagem no marcador era a equipa que mais forçava o ataque, beneficiando das qualidades de um excelente jogador: o já referido Ghilas, por quem começa e quase sempre acaba o jogo ofensivo dos galegos. Tanto assim que após a sua substituição o poder ofensivo do Celta se esfumou. Contudo, o Marítimo, a exemplo da primeira parte, mantinha boa coesão defensiva, o que foi duplamente relevante perante o facto da equipa ter dificuldade de segurar a bola na frente. Apesar disso os galegos viriam a lograr o empate, justo reconheça-se, à passagem dos 69m, quando Rosado aproveitou bem um ressalto após jogada de insistência e rematou cruzado fora do alcance de Marcos.
Porque a Câmara Municipal de Melgaço resolveu atribuir um troféu a este encontro entre Marítimo e Celta, foi necessário recorrer à marcação de pontapés da marca de grande penalidade para desfazer o empate final que se verificou ao cabo dos 90m, onde o Celta acabou sendo mais certeiro que o Marítimo, apontando cinco contra quatro dos verde-rubros.
Com arbitragem de Fernando Gonçalves (Viana Castelo), a quem os jogadores colocaram muitas dificuldades, de onde resultaram vários erros de julgamento, como foi um «penalty» flagrante perdoado ao Celta já sobre os 90m, louve-se no entanto o bom senso e clama que o árbitro se esforçou por manter perante tantas picardias.
As equipas alinharam assim:
Marítimo - Marcos; Fernando Cardozo, João Guilherme e Carlos Fernandes (Fernando, 4m); Zé Gomes, João Luiz, Olberdam e Miguelito; Manú (Paulo Jorge, 59m), Pedro Moutinho (Bruno Fogaça, 70m) e Djalma (Debray, 59m).
Celta - Falcon (Notario, 45m); Edu Moya (Jonathan Vila, 55m), Ruben, Nogueral e Roberto Lago (Pena, 85m); Rosada; Dani Abalo (Ferran, 85m), Trashorras e Danilo (Fajardo, 55m); David (Iago Aspas, 76m) e Ghilas (Maric, 76m).
Golos - Pedro Moutinho (7m) e Rosada (69m)
Disciplina - Amarelos para Miguelito do Marítimo e para Ghilas e Rosada do Celta.
Na transformação dos pontapés da marca de grande penalidade para encontrar o vencedor do VIII Trofeu Vila de Melgaço marcaram João Guillherme, Paulo Jorge, Fernando e João Luiz pelo Marítimo e Rosada, Trashorras, Pena, Fajardo e Ferran pelo Celta. Enquanto isso falharam Bruno Fogaça, Miguelito e Olberdam pelo Marítimo e Maric e Iago Aspas pelo Celta.
In csmaritimo.pt
1 comentário:
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"Santo Tirso no seu melhor... e no pior"
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