Um escritório de advogados ingleses considera que Charles Smith não pode ser associado a actos de corrupção em Portugal relativos ao caso Freeport. Segundo o DN, a Decherts concluiu que o empresário escocês inventou esta história.
Um escritório de advogados inglês entende que Charles Smith não tem qualquer ligação a actos de corrupção praticados em Portugal relativos ao caso Freeport, tendo o escocês, quando muito, tentado «'sacar' mais dinheiro do Freeport pela consultadoria prestada».
Segundo o Diário de Notícias, depois de chamados a investigar o vídeo em que o empresário escocês aparece a falar em subornos, o escritório Decherts concluiu que Charles Smith inventou a história dos subornos.
Estes advogados explicaram ainda que Alan Perkins fez este vídeo em Março de 2006, tendo este o ex-administrador do Freeport apenas apresentado o mesmo à administração em Janeiro de 2007, numa altura em que estava a negociar a sua saída da empresa.
A Decherts também analisou todas as transferências de dinheiro de Inglaterra para Portugal, sem ter encontrado nada que pudesse sustentar as palavras de Charles Smith relativamente a pagamentos de subornos ao actual primeiro-ministro português.
De acordo com documentos a que o DN teve acesso, terá sido em Inglaterra que Smith contou, pela primeira vez, a história de que o escritório Antunes Marques Oliveira Ramos Gandarez & Associados tinha preparado uma proposta, a 4 de Dezembro de 2001, no sentido de pedir à Freeport cerca de quatro milhões de libras para que o projecto em Portugal fosse aprovado.
Keith Payne, um dos cidadãos ingleses, residentes em Portugal, a quem Charles Smith contou esta história, escreveu uma carta a um então financeiro da empresa Freeport, tendo este depois escrito a um administrador da empresa referindo-se ao primeiro como o «tipo que me alertou para o suborno dos dois milhões».
Esta informação vem nos documentos ingleses, mas nas suas recentes inquirições os advogados José Francisco Gandarez, Albertino Antunes er Alexandre Oliveira terão negado fazer uma proposta neste sentido.
Os investigadores portugueses que investigam o caso Freeport depararam-se com a frase "No Way Jose» num documento da empresa Smith&Pedro, tendo questionado o empresário escocês sobre esta frase, ao lhe perguntarem a que José se referia.
Contudo, no interrogatório feito a Smith, os investigadores acabaram por perceber que esta expressão que aparecia num documento manuscrito era apenas uma frase idiomática em inglês que simplesmente quer dizer "Nem pensar
TSF à 11 minutos
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Freeport
Advogados ingleses rejeitam que Smith esteja relacionado com actos de corrupção em Portugal
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Há quem faça qualquer coisa por dinheiro, sem olhar a meios para atingir determinados fins. E nessa forma de estar na vida vale tudo, até inventar historietas com este grau de complexidade e relevância. Há muitos buracos neste caso, e a circunstância de ele ser sempre "ressuscitado" em anos de eleições não pode ser acidental. Não há jantares grátis! Da mesma forma que também não há coincidências...
Enviar um comentário